terça-feira, 10 de março de 2015

Casos de coqueluche aumentam no Paraná


A incidência de coqueluche no Paraná aumentou. Entre 2007 e 2010 os casos registrados iam, respectivamente, de 0,15 a 0,76 a cada 100 mil habitantes. Já de 2011 a 2013 o número subiu para 1,7 a 4,28 para a mesma quantidade de pessoas, segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan). Em 2012 foram registrados 400 casos da doença e, no ano seguinte, o número subiu para 447. O levantamento constatou também que pacientes com menos de um ano de idade foram os mais afetados (67,5%).

Jaime Rocha, infectologista do Laboratório Frischmann Aisengart, acredita que a falta de reforço na vacinação é o que está motivando a volta da coqueluche, doença contagiosa que se transmite pelo contato direto principalmente nos meses de primavera e verão. “Isso além da transmissão pelos familiares, principalmente aos bebês menores de um ano, fase em que o esquema vacinal está incompleto”, descreve. 

Segundo Rocha, para evitar a coqueluche, o principal é manter a carteira de vacinação em dia, tanto das crianças quanto dos adultos. É necessário vacinar as crianças aos 2,4 e 6 meses e dar reforços aos 15 meses e entre 4 e 6 anos para que a imunização se complete. Todas as doses estão disponíveis gratuitamente nos postos de saúde.

O especialista lembra que mesmo quem já teve a doença ou tomou todas as doses precisa se imunizar novamente após dez anos. Ou seja, adolescentes e adultos precisam tomar a vacina, mas para essa faixa etária ela só está disponível nas clínicas particulares. “Não basta vacinar os bebês a partir dos dois meses, é imprescindível que os adultos recebam um reforço. Só assim conseguiremos evitar mortes por esta doença”, alerta.

O médico descreve que a coqueluche é uma doença respiratória altamente contagiosa, caracterizada por ataques intensos de tosse, seguidos por ingestões de ar, popularmente chamados de “gritos”. “Crianças e adultos de qualquer idade podem desenvolver a doença, mas ela é mais severa entre o público infantil”, declara.

O especialista afirma que a doença é causada pela infecção de uma bactéria chamada Bordetella pertussis, que afeta a faringe. As bactérias causam um incômodo na garganta, que dão origem às tosses.Rocha conta que, se não tratada, a doença pode evoluir para infecções de ouvido, pneumonia, paradas respiratórias, desidratação, convulsão e lesão cerebral, podendo ocasionar morte.

Fonte: Labfa

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